Enquanto escutava Shiver, da Lucy Rose, me peguei pensando na quantidade de vezes que senti medo desde o começo do ano. Foram inĂşmeras. Medo do futuro, do novo, de nĂŁo conseguir fazer algo, medo das coisas darem errado, medo do incerto... E eis o meu maior medo: de tentar. Eu sou aquela pessoa que antes mesmo de praticar algo já pensa que tudo vai ser terrĂvel. Nada que eu fizer, ou melhor tudo, nunca será bom o suficiente (pra mim mesma). A tal da insegurança e do perfeccionismo sempre estĂŁo ao meu redor, me rondando, e me sinto uma presa fácil pra ambos...
O tĂtulo desse texto seria "O que aprendi no 1Âş perĂodo de Design", mas pensando bem, o grande destaque aqui nĂŁo Ă© nem o que aprendi, mas os desafios que enfrentei ao longo do semestre. Nos registros abaixo estĂŁo desenhos do personagem que criei para a matĂ©ria Linguagem e ExpressĂŁo Gráfica como trabalho para obtenção de nota da segunda avaliação bimestral. Coincidentemente (ou nĂŁo), a histĂłria do meu personagem Ă© sobre enfrentar o medo. No instagram, cheguei a postar um rascunho na votação sobre qual nome poderia dar a ele, gentilmente me ajudaram e o nomearam por Gaspar.
Gaspar Ă© um boneco de neve que desejava conhecer mais sobre as flores e a primavera, mas logo descobre que isso nĂŁo será possĂvel por conta da sua condição, o gelo nĂŁo se conservará a tempo de vĂŞ-las. Obviamente, ele fica triste, amedrontado, angustiado, mas há um instante em que se aparta da ideia de prosseguir cabisbaixo e decide aproveitar o que lhe Ă© proposto no inverno. Em meio aos seus tenros devaneios, mal sabe que tem uma alma primaveril em si.
A proposta avaliativa pedia trĂŞs pranchas expressivas em a3 que contassem a histĂłria do personagem; eu sĂł tirei fotografia de apenas uma, que Ă© essa prancha tĂ©cnica com emoções e os perfis do Gaspar, alĂ©m de ter um bĂ´nus contando um pouquinho da conversa entre ele e um pássaro. As outras duas pranchas carregam a outra parte da histĂłria: na segunda folha, desenhei o Gaspar sonhando com a primavera enquanto nevava; e na Ăşltima a3 desenhei o inĂcio da primavera no chapĂ©u dele - repleto de várias espĂ©cies de flores dentro - que estava repousando sob uma poça de água (ele derreteu </3), dessa maneira, quis passar a minha visĂŁo do prĂłprio Gaspar compondo a primavera. Ele queria tanto conhecĂŞ-la, mas ao mesmo tempo carregava uma parte dela consigo, mesmo sem imaginar isso.
Gaspar Ă© um boneco de neve que desejava conhecer mais sobre as flores e a primavera, mas logo descobre que isso nĂŁo será possĂvel por conta da sua condição, o gelo nĂŁo se conservará a tempo de vĂŞ-las. Obviamente, ele fica triste, amedrontado, angustiado, mas há um instante em que se aparta da ideia de prosseguir cabisbaixo e decide aproveitar o que lhe Ă© proposto no inverno. Em meio aos seus tenros devaneios, mal sabe que tem uma alma primaveril em si.
A proposta avaliativa pedia trĂŞs pranchas expressivas em a3 que contassem a histĂłria do personagem; eu sĂł tirei fotografia de apenas uma, que Ă© essa prancha tĂ©cnica com emoções e os perfis do Gaspar, alĂ©m de ter um bĂ´nus contando um pouquinho da conversa entre ele e um pássaro. As outras duas pranchas carregam a outra parte da histĂłria: na segunda folha, desenhei o Gaspar sonhando com a primavera enquanto nevava; e na Ăşltima a3 desenhei o inĂcio da primavera no chapĂ©u dele - repleto de várias espĂ©cies de flores dentro - que estava repousando sob uma poça de água (ele derreteu </3), dessa maneira, quis passar a minha visĂŁo do prĂłprio Gaspar compondo a primavera. Ele queria tanto conhecĂŞ-la, mas ao mesmo tempo carregava uma parte dela consigo, mesmo sem imaginar isso.
Assim como diante do meu personagem havia uma barreira, diante de mim muitas foram colocadas (a maioria eu coloquei, admito). É engraçado pensar nas coisas que já passaram e que agora nem parecem ter sido tĂŁo tenebrosas assim, se eu tivesse tido mais calma e confiança... Para criar o Gaspar, sĂł conseguia visualizar empecilhos e acabava me fazendo uma auto-sabotagem. "NĂŁo tá bom", "Nunca vou conseguir", "Essa histĂłria está horrĂvel e clichĂŞ", "Eu nĂŁo sei desenhar, nĂŁo tenho criatividade e nunca usei aquarela, como dou conta de tudo isso?"... Esses foram alguns dos monstrinhos que me rodearam atĂ© a entrega do trabalho. No fim, apesar de todas as reclamações comigo mesma e de achar que nĂŁo conseguiria terminar, eu terminei. Terminei e estava aliviada, mas nĂŁo tĂŁo confiante. Uma semana depois, o resultado: a professora gostou muito e elogiou, me deu a nota máxima. Juro que fiquei sem acreditar quando vi a nota e os comentários na ficha avaliativa.
Eu sei que isso tudo não vai acabar por aqui... Mas eu também acredito um pouco mais em mim.
Cresço um tantinho cada dia em conhecimento. E os medos, bom, ficam pequenos.
P.S. Lembram como Mei e Mafalda eram? Elas também cresceram. :)
Eu sei que isso tudo não vai acabar por aqui... Mas eu também acredito um pouco mais em mim.
Cresço um tantinho cada dia em conhecimento. E os medos, bom, ficam pequenos.
P.S. Lembram como Mei e Mafalda eram? Elas também cresceram. :)
Eu tĂ´ muito feliz que vocĂŞ acredita um pouco mais em si Lai! Sei que vocĂŞ consegue fazer tudo o que quiser porque vocĂŞ Ă© uma das pessoas mais dedicadas que eu já conheci! VocĂŞ Ă© luz! E essas fotos estĂŁo ainda mais incrĂveis! Amo a sua edição! NĂŁo conhecia a Mei e a Mafalda mas achei elas maravilhosas!
ResponderExcluirBeijos!!
https://goodvaibes.blogspot.com/
Own, Ceci, muito obrigada, de verdade, me enche de alegria ler tudo isso, é também algo que me encoraja tanto! Obrigada! :') <3
ExcluirQue feliz que conseguiu desenvolver seu trabalho. Que bom que o enfrentamento te trouxe mais conhecimento de si própria. A gente sabe o quanto o medo pode ser paralisador. Que bom que você decidiu não deixa-lo paralisa-la. Aos poucos, com enfrentamentos diários, a gente cresce um pouquinho por dia. E que ilustração mais linda! história encantadora! Um grande abraço!
ResponderExcluirMuito obrigada mesmo! <3 É verdade, por vezes quase fui levada a desistir por conta do medo e do que ele causa, mas ainda bem que deu tudo certo. Fico muito feliz em ler suas palavras, Larissa. Abraços. <3
ExcluirEstou passando por um momento parecido, de autosabotagem e extrema dĂşvida. Quando paramos pra pensar em todos os desafios da vida que achávamos que nĂŁo conseguirĂamos superar e no final conseguimos, parece que sempre exageramos as situações. Mas parece inevitável, nĂ©?
ResponderExcluirO Gaspar ficou incrĂvel e me identifico muito com ele.
do cristal
esse ano está sendo assim por aqui. medos, inseguranças, por aĂ vai. concluir uma graduação (e nas minhas condições) está sendo mais difĂcil do que imaginei. a calma sempre será a chave de tudo, acredito muito nisso. inclusive, agora, lembrei das nossas conversas e amei saber no que a sua coragem resultou <3 siga sempre.
ResponderExcluirOlá! Seus posts sĂŁo tĂŁo amorzinhos! Já gosto de passar por aqui (apesar de quĂŞ nĂŁo comento rs) Mas me identifiquei com este em especĂfico, porquĂŞ eu era desse mesmo jeito que vocĂŞ falou: Tinha medo de várias coisas, ainda tenho. Mas digamos que esse post me deu um empurrĂŁozinho para enfrentar sabe. Mas acredito que o medo faz parte do ser humano, mas em excesso Ă© que nĂŁo Ă© muito legal. Apareça mais por aqui. Amo "ler-te". ♥ Beijo grande pra vocĂŞ. ♥
ResponderExcluirOwwwn. Que historinha mais linda e que personagem mais fofinho. ^^ Confie mais em você. Nem sempre é fácil mas faça isso. Você irá se sentir bem melhor. É importante acreditarmos na nossa capacidade. Achei seu desenho uma gracinha. ^^
ResponderExcluirBeijinhos
Que SENSACIONAL essas metáforas tão intensas e repletas de lições que vieram com o personagem. Ai, quero abraçar essa postagem. Ela deixou o coração tão quentinho!
ResponderExcluirsemquases.com
AAAAH, que coisa linda! Fico feliz demais de ver seu trabalho lindo - que fofura de histĂłria e que desenhos incrĂveis!
ResponderExcluirAmei o post - é delicioso ver você enfrentando os medos e percebendo que muitas vezes o seu maior obstáculo é a gente mesmo que coloca, né?
Que venham maistrabalhos lindos, aprendizados e muito mais confiança em vocĂŞ mesma - vocĂŞ Ă© incrĂvel!
Beijos!
A Menina da Janela
Fiquei super feliz de ler isso, terminei com um sorriso no rosto e até me emocionei.
ResponderExcluirPor que maltratamos tanto a nós mesmas? Eu tento ter um carinho, sabe, com as coisas que faço, mas aà vem esses monstrinhos e me perturbam, mas assim como você, apesar de tudo eu vou lá e faço, porque melhor é fazer algo que você acha que vai ficar mediano, na sua concepção óbvia de si mesma, do que não fazer e desistir. Afinal, por mais que o resultado não seja positivo, no caso o seu foi, ótimo, você contornou os desafios, você terminou o processo e tentou, isso vale MUITO!!
Semana passada eu fiz uma inscrição para uma Revista local, nĂŁo sou jornalista, escrevo para a internet em lugares que nĂŁo tem muita audiĂŞncia, mas cara, fiz meu portfĂłlio e entreguei, porque mesmo sabendo que Ă© puta difĂcil concorrer com o pessoal de Comunicação, eu fiz a minha parte, sĂł isso me deu mais gás pra estudar pra essa loucura de enem e finalmente entrar em Jornalismo. Essa pequena atitude me deu mais confiança, entende?
Continue indo, mesmo com medo e nĂŁo acreditando muito.
Amei seu desenho e a concepção por trás dele ♥
xero
https://leayasnaya.blogspot.com
Apenas apaixonada pelo Gaspar. Acho que vocĂŞ fez um excelente trabalho e muito significativo tambĂ©m, vocĂŞ tem um talento incrĂvel para desenho, estou na verdade muito impressionada com seu desenho e com a histĂłria. Fiquei querendo um livro em quadrinhos do gaspar, acho que ia ser a coisa mais linda do mundo, tipo daqueles que a Mel indica nos vĂdeos dela. HAHAHAH sĂ©rio.
ResponderExcluirEu também tenho um moonte de medos e juro que todos esses medos me impedem de fazer várias coisas que queria fazer e não faço porque estou presa nesse medo. Tenho tentado melhorar um pouco isso e enfrentando esses medos aos poucos. Lançar meu brechó online, a conceito flore, foi um desafio, por conta disso. Estava mortificada de medo. hehehe mas no fim lancei assim mesmo. É aquela frase né "vai com medo mesmo"
É incrĂvel crescer, enfrentar os prĂłprios medos e derrubar as prĂłprias barreiras, autoconfiança Ă© sempre necessário e espero que tenha muito mais daqui pra frente.
ResponderExcluirBeijos do Deivy!
www.blogdodeivy.com
Estou apaixonada pelo gaspar, pelo seu estilo de desenhar, pela escrita do post - que me faz achar que estamos conversando via cartas e sentir quase como se fossemos velhas conhecidas. Também estou contente que está ganhando confiança, isso não é fácil, nem um pouco. Tenho vinte e dois anos e sou mais insegura que o Gaspar haha
ResponderExcluirTu me cativou por todos esses motivos e, querendo ou nĂŁo, acabou de ganhar uma amiga.
Abraços (de quem tambĂ©m ama Lucy Rose ♥),
Nanda
Not to disappear
Que coisa linda! Amei os desenhos e a histĂłria do Gaspar! Eu me identifiquei bastante tambĂ©m... Muitas vezes fico paralisada, com a cabeça cheia de ideias e inspirações, mas sem começar nunca a colocá-las em prática, como se nĂŁo me sentisse realmente capaz, como se faltasse confiança. Mas Ă© isso aĂ, precisamos enfrentar esses medos e inseguranças e seguir em frente em busca de nossos sonhos e nossa felicidade. Beijinhos!
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