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PHOTOGRAPHY CREATIVE JOURNAL

#MemoJournal: memórias quase analógicas


O que costumamos registrar ou o quanto gostamos de guardar as nossas memórias? Eu amei a fotografia logo quando se deu o meu primeiro contato com ela, aos 11 anos de idade, com a única câmera digital antiga dos meus pais. Foi de forma despretensiosa, mas instantânea. A partir de então, eu não parei mais. 

Apesar da fotografia ter entrado na minha vida, me acostumei em guardar o lado mais pessoal dela e dos meus dias só para mim, dificilmente fotografava com o celular e compartilhava com alguém. No começo, por ser reservada e tímida, mas depois pelo meu lado perfeccionista, principalmente depois de comprar a dslr. Nunca gostei da limitação do celular e, cá entre nós, nunca tive um bom, depois de adulta também não houve interesse em investir caro nisso, haviam outras prioridades.

Uns dois anos atrás, comprei um da LG que (ao meu ver) foi meu primeiro celular "bom", já que paguei meus suados salários de estágio, na época custando um pouco mais de 1k e com câmera até que razoável. Ainda sim, foi difícil começar a registrar com ele pela motivação ser bem abaixo do que com a 6d. Hoje em dia, acho até engraçado eu amar o ato de fotografar mas não conseguir me adaptar em fazer isso com o celular e compartilhar nas redes sociais o meu cotidiano. Realmente admiro quem consegue fotografar todas as coisas que faz, os lugares que visita, as pessoas que tem em volta, momentos importantes de forma mais natural. Comigo isso é sempre um sacrifício, já que faço desse ato um ritual, rs. Bom, na verdade devo confessar algo: nunca fui assim... Isso de andar pra cima e pra baixo com a câmera e sair fotografando tudo e todos. Os momentos são bem específicos e pensados. Mesmo a câmera sendo uma companheira fiel de longa data, nunca a uso com tanta frequência na minha rotina pessoal e faço muito menos com o celular (seja por tempo ou pelos chiliques perfeccionistas). Bem complicada, anyway, eu sei e tudo bem. 😅

Entretanto, essa introdução foi apenas para contextualizar e dizer que isso mudou um pouco recentemente, em três ocasiões específicas: quando minhas sobrinhas nasceram; quando passei pela transição capilar (registrava o crescimento do cabelo) e, logo em seguida, ao comprar uma instax e experenciar esse lado mais livre de registrar a rotina com frequência.


Esse foi o meu primeiro registro com o celular assim que ele chegou. As folhas do antigo pé de pitanga que ficava na varanda de casa. Não era para ser pensado e planejado, apenas posicionei no ângulo que me chamou a atenção e bati a foto. Naquele dia, algo simples, talvez sem importância. Hoje, uma recordação que se tornou especial, pois foi a partir daí que enxerguei um outro lado na fotografia desconhecido para mim. Foi uma maneira de abandonar meu perfeccionismo, em parar de perder as memórias e lembranças que não seriam feitas apenas quando eu estivesse com uma dslr na mão. 

São memórias rotineiras, mais rápidas, despretensiosas e que passam quase desapercebidas. 
Ainda sim são memórias. Digitais, mas quase analógicas. 
Achei mágico ter aberto meus olhos, finalmente, para esse lado.


As fotos que fiz das minhas sobrinhas juntas com o celular pela primeira vez também, em Agosto de 2020. Acho que a mais velha ia completar três anos (Débora) e a mais nova ainda tinha acabado de fazer um (Talita). Lembro que pedi para Débinha abraçar a Tatá, mas ela não parava de se mexer. Bom, o resultado vocês veem na foto (kkk). Não ficou como imaginei. Ficou melhor. Porque eram elas duas, sendo elas mesmas, inquietas e curiosas. Não apaguei e guardei até hoje. Tenho certeza que se tivesse sido com a dslr, em um momento pensado e planejado, a foto teria ido parar na lixeira por meu perfeccionismo, como muitas outras vezes aconteceram.

O que eu entendo de tudo isso é que, de certa forma, fotografar com o celular tem me feito desapegar de que as coisas precisam estar do jeito que eu espero e crio expectativa. Tenho levado isso para os ensaios que faço e os resultados são muito mais genuínos, verdadeiros e não artificiais.


Ah, eu lembro bem desse dia... Estava lendo um livro, e decidi fazer alguns registros. Ainda lutando contra meu perfeccionismo, pensei "Vai ficar melhor se for com a câmera, com o celular tenho pouco controle". No fim, fotografei com os dois, e hoje me veio a ideia de fazer uma comparação das duas fotos, tentando acabar com o velho dilema da dúvida entre fotografar com o celular e a dslr. 

No final, o que importa é o registro da memória, 
não o equipamento que a faz.


E falando em registrar momentos importantes, esses são alguns da semana em que me casei e viajei. Eu tive tanta "sorte" que no dia da viagem torci o tornozelo quando estava voltando do petshop, algumas horas antes de pegar a estrada. Na época, fiquei tão furiosa porque juntamos as economias pra comemorar e no fim quase não pude aproveitar bem por causa do pé. Hoje em dia eu rio da situação, literalmente o Leo teve que me carregar no colo para todo canto, como aquelas cenas românticas de recém-casados... Para o azar dele. 😂


Nossa, foi aí que comecei a transição capilar! Eu estava num misto entre odiar e a amar meu cabelo. Era o início de uma das mudanças mais importantes, algo que mexeu com minha autoestima e amor próprio... Aceitando de verdade meu cabelo e os estágios dele. Essas são fotos dos primeiros meses sem aplicar chapinha nele (a química já havia deixado de dar a uns 13 anos), e os resultados apareciam lentamente. Para quem fez/faz transição, acho que a pior parte é ter paciência. Enfim, estou aqui extremamente envergonhada de mostrar selfies minhas, inclusive, não gosto de tirar muito e nem sou boa com isso, então relevem. :') 


Esse era meu antigo quarto na casa dos meus pais antes deles reformarem. Às vezes, eu registrava meus devocionais, porque sempre foram momentos especiais para mim. A última foto lembro de ter tirado quando coloquei no perfil da minha página de fotografia a imagem do meu logotipo. Fiquei super feliz por ter a minha identidade visual, um sonho realizado que ficou exatamente como eu queria, e agradeço muito à Camila por ter desenhado tudo com tanto carinho.




Alguns momentos intercalados entre registros rotineiros, do céu, lugares, comidas e pequenas conquistas. Fiz minha primeira foto de um lugar que considerei instagramável (bem blogueira 😂) e também do hamburguer com o melhor cheddar que já provei na vida. As outras fotos foram minhas tentativas falhas de unboxing. Mentira, não era unboxing não😅. Eu comecei a fotografar tudo aquilo que conseguia comprar com meu esforço, principalmente para aprender a ser mais grata pelo que tinha/tenho, aos poucos percebi melhor os frutos do meu trabalho, a evolução e em como o Senhor foi me abençoando naquilo que fazia.


Isso não era para ser foto de look ou coisa do tipo, foi só pra marcar a vez que tentei interagir no instagram lançando a primeira caixinha de perguntas, e também dessa monstera linda, claro. Enfim, depois eu fiquei com vergonha e excluí a caixinha porque sou dessas. Arrependimento que chama? Descobri que não dou pra essas coisas também e vou ficar mais na minha mesmo 😒, não sei como responder direito e tenho vergonha de todo mundo lendo minhas respostas, a maioria respondi de forma privada. 😑


Mais algumas fotos da transição, acho que foi com 1 ano depois do início da pandemia. Os cachinhos já tinham tomado forma, uma franjinha começava a surgir e eu não via a hora de que ela crescesse mais porque sempre odiei deixar minha testa à vista. Depois disso, meu cabelo começou a crescer beeem mais, mas em volume e não em comprimento. 😩


Na pandemia, pude me aproximar mais de Deus, me interessei pela fé reformada, iniciei estudos para entender melhor sobre a reforma. Alguns autores começaram a me inspirar, principalmente a forma da devoção fervorosa e bonita deles. Adquiri esse devocional de Spurgeon com trechos dos sermões dele e são verdadeiras obras de arte, percebi uma semelhança tão bonita como as que encontro nas escrituras de Salmos, e tenho lido sempre desde então.


Por enquanto que minha casa não fica pronta, tive que fazer um escritório improvisado na casa dos meus pais, e aos poucos fico evoluindo o espaço com algumas coisas. Apesar de não ser o meu local definitivo pro trabalho, fui deixando do meu jeitinho até o dia em que eu me mudar de vez. Peguei meus móveis e fiquei utilizando como um suporte temporário. A mesa de jantar virou minha escrivaninha, como vocês podem ver. O ruim vai ser me desacostumar a ter uma escrivaninha menos espaçosa que essa mesa, porque consigo fazer tudo nela e já quero algo no mesmo estilo no futuro escritório 😂. Inclusive, atualmente está assim, até eu mudar tudo de lugar, de novo rsrs:


Nas fotos abaixo vocês podem ver como as meninas cresceram, e cresceram ainda mais porque já faz alguns meses que tirei essas. Quase não consigo acreditar em como o tempo passou voando. A Débora vai fazer 5 anos em Setembro e a Talita acabou de fazer 3 em Maio (se não me falha a memória). Ver elas crescerem de pertinho é um misto de alegria e ansiedade. Ao mesmo tempo que torço para aproveitar cada instante com elas, sinto que isso acontece numa velocidade que é difícil de suportar. Sinto falta de quando colocava elas no braço ou de quando eram mais dependentes da gente, hoje em dia fazem praticamente tudo sozinhas. Ainda bem que meu irmão resolveu ter a terceira, que vai chegar daqui a alguns meses e ser amada da mesma maneira por todos. 😌


Eu prometo que esse #MemoJournal já está acabando, mas são fotos acumuladas de mais de dois anos, então era bastante assunto para mostrar. Os próximos vou tentar ser mais compacta até porque estou no processo de me acostumar a fotografar um pouco de cada vez de mês a mês. A seguir, tem algumas fotos que fiz nos bastidores dos ensaios. Também estou tentando registrar os trabalhos que faço a partir do celular para não ficar presa apenas à câmera.





Ainda falando sobre pequenas conquistas e momentos importantes, esses daqui foram alguns registros mais recentes que aconteceram nos últimos meses, além desse mês de Junho. Pequenos prazeres: ver as duas pimpolhas se divertindo no supermercado, adoro fazer compras com elas, me lembra também a minha infância quando ia com meus pais e eles me colocavam dentro dos carrinhos. Como toda tia babona, saio comprando um bocado de besteira (mas com cuidado, senão a minha cunhada me mata por dar "o que não presta" pra elas 😅)

Também o registro da minha primeira página do devocional em formato journal, compartilhei até um post aqui mostrando um pouquinho mais dele. Consegui comprar uma lente para fotografar arquitetura e interiores. Um registro do meu primeiro emprego efetivo e de carteira assinada, na Yellow Kite, uma agência incrível de comunicação aqui de Maceió. A evolução do meu cabelo recentemente (e o milagre da primeira selfie no banheiro de casa, não julgo mais quem faz 😂). Além disso, mais milagres: selfies de casal, porque nós sempre odiamos ficar nos fotografando na frente de pessoas em locais públicos, mas estamos evoluindo nesse clichê também hehe. E, para finalizar, mostrando meu novo hobby: copiar os looks dos doramas e as poses também, mas é porque aqui dificilmente faz frio pra poder usar roupinhas assim e eu estou amando 🙈.








Por fim, essas são todas as memórias que acumulei desde um pouco antes da pandemia começar (ou pelo menos grande parte delas). Fiquei bem feliz com a evolução que fiz até aqui e em poder perder um pouco mais da vergonha em compartilhar esse lado da minha vida. Como vocês podem ver, criei uma nova categoria (Daily) e essa série de postagens (#MemoJournal) para arquivar posts assim. Então, sempre que vocês lerem #MemoJournal, podem ter certeza que os posts terão essa carinha mais pessoal e íntima, com fotos feitas só com o celular, contando sobre o cotidiano, momentos aleatórios, comuns, simples mas, principalmente, importantes em deixar registrados para mim.



Obrigada por me lerem até aqui. 
Nos vemos em breve. 

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